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O processo formativo do Projeto Narramundo envolveu um trabalho na interface entre os direitos humanos, a comunicação e a produção de vídeos com jovens da comunidade do Coque, tendo a arte como elemento sensibilizador da construção do sentido de pertença ao lugar.

Formação Narramundo

Oficina de Serigrafia

Em Setembro, os alunos do Narramundo aprenderam a fazer suas próprias telas de serigrafia, com o professor Ivan Rodrigo. Depois, cada um fez sua arte e imprimiu. As mensagens que eles quiseram passar foram: "União das pessoas e "Não destrua sua cidade". Teve até uma adaptação da logomarca do projeto criada por uma das alunas. Confira

Visita ao SERTA

O projeto Narramundo visitou o SERTA (Serviço de Tecnologia Alternativa). Os alunos do Coque puderam conhecer uma experiência muito rica, no lugar funciona uma escola e um sítio agroecológico.  Passeamos pelas hortas orgânicas, conhecemos uma experiência de bioconstrução, um biocombustor, alternativas de aproveitamento de energia solar e muito mais que o espaço oferece. 

Oficina de Agroecologia

Os jovens do projeto Narramundo aprenderam sobre a importância de se integrar ao Meio Ambiente: cuidar do lixo que produzem, transformando-o em objetos reutilizáveis no seu cotidiano e a cultivar seus próprios alimentos. Ontem (08/10), eles aprenderam a fazer hortas verticais. Cada um plantou e levou pra casa sua mudinha.O Narramundo ainda replicará a oficina nas ruas do Coque. Fique atento pra participar também!!

 

Um mapa pode parecer algo frio, sem vida. A ideia dessa atividade foi fazer os alunos se conectarem com sua comunidade apontando no mapa os locais de afeto. Primeiro eles localizaram suas ruas, tendo ideia da proximidade entre elas e entre os demais espaços de convivência: igreja, escola, padaria, praça. Depois, foi a hora de contar histórias da comunidade.  

Mapa Afetivo
Cineclube

Os alunos do Narramundo junto aos moradores da praça da Vila do motorista participaram do seu primeiro Cineclube. Foi exibido o MINHA RUA entre outros da série DESPEJO.
Todos se aconchegando da forma possível com intenção de continuar exercendo suas atividades abertamente

Oficina de Estêncil

Nesta oficina, os jovens do projeto grafitaram as paredes do Coque, junto aos moradores da Vila do Motorista e da Rua Ibiporã. A intervenção pedia que os moradores pensassem o que acham de suas ruas e o que desejam pra elas e completassem as frases grafitadas com estêncil. O símbolo de pintar as paredes é uma forma de colorir o bairro e se reconhecer nele, reafirmar o desejo que os moradores têm de permanecer no lugar onde construíram suas casa e onde moram seus afetos. Assista ao  vídeo Minha Rua

"Relato da instalação de mãos dadas no

Coque ou a Mão é a própria semente"

Texto e foto por Chico Ludermir

       Todas as vezes em que montamos a instalação “De Mãos Dadas” é diferente: a primeira, debaixo do viaduto, vejo como uma oferta para a cidade e, em especial, para toda a gente que estava lá todo dia; no Encontro de Economia Solidária, pudemos falar, com as mãos, pra pessoas que pensam solidariamente; no Papaya Verde, reconhecemos o apoio e a ousadia de um restaurante que também levanta bandeiras; na Fundaj servimos de cenário para discussões tão importantes... (Ainda agradeço as vezes que montaram na UFPE-CAC e na audiência pública, sem minha presença física, mas com todo meu amor)

 

Nesta quinta vez, na Escola Joaquim Nabuco, foi muito especial. Poder construir junto com os meninos, a maioria moradores do Coque, muitos meus ex-alunos e amigos desde muito pequenos foi bem lindo e fez a coisa ganhar ainda mais significado. Fomos lá eu, Luiz, Igor Gomes, Débora S. Britto, Caio, Cleiton Barros, Katarina Scervino e Marcelo Campello. Falamos do Estelita, exibimos vídeos e vimos seus olhos se arregalarem quando perceberam o quão perto o cais é de suas vidas.

 

A violência policial que vivemos na reintegração de posse é a mesma que eles já vivenciaram outras vezes e tão injustamente quanto no nosso caso. Cada um tinha um relato -dessa vez, eu que arregalei os olhos.

 

A “desapropriação” que a gente viveu também encontrou paralelo nos casos que ouvimos. Por saber um tanto dessa história (que pesquiso e, por um ângulo, vivo desde 2007) também falei desse percurso das remoções da comunidade - seja para construção de um terminal integrado, seja para o alargamento de uma rua, construção de um fórum ou revitalização de um canal – que já reduziu a área do Coque em 50%, sempre com indenizações baixíssimas e esquecendo que o direito à moradia é um direito fundamental.

 

De Mãos Dadas nos deus a possibilidade de construir diferente, nem que tenha sido apenas simbolicamente, um muro da escola. Com as próprias mãos meladas do grude do lambe-lambe, colocamos juntos, uma a uma, as mãos dos ocupantes do Estelita no Coque. E tudo se misturou. concreto com o corpo, a fala com a ação, gente adulta com gente adolescente, branca com preta, rica com pobre.

 

Se é a mão que planta, hoje vejo a mão como a própria semente!"

 

Formação Audiovisual

Ouvir as dores do outro foi mais um aprendizado dos alunos do Narramundo. Entrevistamos os moradores despejados pelo governo do Estado, do Sítio do Cajueiro. O governo removeu famílias que moravam na localidade de 80 a 100 anos. Lá é um dos lugares onde a ocupação do Coque começou a ser realizada. Árvores históricas foram destruídas, famílias expulsas. Tudo para a ampliação do terminal de Joana Bezerra para obras da Copa. Obra esta até então interminada, passados 8 meses do fim do mundial.

 

 

As famílias moram em ocupações ao redor do Coque, pois o governo repete a ação: despeja as pessoas e não lhes dá condições dignas de habitação. Repete o que o governo municipal realizou na obra do Canal Ibiporã, nas obras de ampliação do viaduto Capitão Temudo. "No Coque, o governo só chega para expulsar os moradores", como disse um dos entrevistados.

 

Oficina sobre Lei de Acesso à Informação

Em parceria com o Centro de Cultura Luiz Freire, realizamos uma oficina sobre a lei de acesso à informação. Primeiro falamos sobre a importância da lei, esclarecendo que é direito de toda e qualquer pessoa obter informações do poder público. Depois perguntamos um a um, dos presentes, quais as dúvidas que eles gostariam de tirar a respeito da comunidade, que pergunta eles fariam. Em seguida, acessamos o Portal da Transparência da Cidade do Recife e formalizamos colaborativamente um pedido, para que todos vissem como o processo é simples e está ao alcance de todos.

Faça você também pedido de acesso à informação ao governo de Estado e a Prefeitura do Recife, através dos links:

http://www2.transparencia.pe.gov.br/web/portal-da-transparencia/85

http://transparencia.recife.pe.gov.br/codigos/web/geral/home.php

 

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